"O feminismo islâmico surge a partir de várias
constatações, uma delas é a constatação de que o feminismo etnocentrista é
também uma forma de opressão já que não sabe lidar com a diversidade humana, e
que ser contra a diversidade humana é também uma forma de opressão.
O feminismo islâmico surge mostrando que toda forma de opressão é condenável,
inclusive aquela que afirma que toda forma de religião é opressão, porque isto
é impor um modelo uniformizado sobre uma humanidade que é extremamente
diferente entre si, e ao mesmo tempo igual em valor.
Neste sentido, fazemos esforços para conseguir dialogar com o feminismo global,
e nos unir a todos, mas isto significa construir o conhecimento e a consciência
para este diálogo.
Dentro de nossa realidade, constatamos que não sofremos opressão de nossa
religião, porque infelizmente a opressão e violência é uma epidemia mundial.
Defendemos como causa comum, o empoderamento de todas as mulheres, o combate à
misoginia, e à violência, e como causa particular, o fim da deturpação do
Islam, o fim da leitura machista do Alcorão, e a volta do Islam original como
foi determinado por Allah, que afirma no Alcorão que todos são iguais perante
Allah e perante a lei."
Gisele Marie, em entrevista para a página Feministas do Brasil no Facebook
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